quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A história do Coiso parte 3



O Coiso observava o nascer do dia enquanto giboiava dos 2 kilos de formigas que tinha comido nessa noite. A luz que o banhava fazia-o pensar no que existiria para além do mar que o rodeava, mas o cheiro a suor que emanava dele próprio já trespassava a sua T-shirt preta dos "Ukurralle" e a quantidade de areia que tinha nas calças, com a força da gravidade, foram dando um aspecto muito MC. Hammer ao Coiso. Ele não conseguia mais pensar com tanto desconforto, até que chegou de repente à conclusão que não sabia quem eram os "Ukurralle". Pior que isso, ele não sabia quem era nem o que fazia antes de vir parar à ilha!

Enquanto o tempo passava o Coiso não parava de pensar na vida dele chegando ao cúmulo de ficar com enxaquecas, mas provavelmente era porque estava a ficar desidratado. Foi então, no desespero, que raspou um dos paus do ninho com as unhas até fazer uma espécie de algo que mais era parecido com um objecto cortante. Para além de ter ficado com umas unhas surpreendentemente manicuradas, arranjou também a única esperança de sobreviver. Foi a correr e espetou o pau afiado no pau enorme da ilha mas com a inércia da sua própria velocidade também deu com o dedo grande do pé no tronco e com a extrema dor ia contorcer-se e gritar muito alto mas infelizmente quando se contorceu bateu com a cabeça no tronco e entrou em coma.

Passado 8 horas acorda e observa o buraco que tinha feito. Nada de lá tinha saído. Decidiu então esburacar mais a fundo até que encontrou uma estranha seiva aguada que ele bebeu em êxtase mas tinha um sabor um bocado podre e azedo ao mesmo tempo mas o Coiso não queria saber. Depois de saciar a sede ele tapou o buraco com relva.

De repente o Coiso lembra-se e sobe o pau, lá do cimo deveria ver sinais de vida ou de outra terra para além da relva e da areia que ele próprio báptizou, grão a grão e folha a folha, todas tinham o mesmo nome: Serafim. No topo do tronco o Coiso encontrou um papel velho amarelo e misterioso lá pregado com um texto escrito que parecia importante, até tinha lá o símbolo do olho que tudo vê. O Coiso muito curioso com o papel começa a dobrá-lo até fazer um aviãozinho de papel que depois atirou para o mar onde se desfez de tão frágil que era. Do topo do tronco, para além de mar, não viu mais nada, apenas ouviu o silêncio/barulho da natureza numa poética harmonia forte e ao mesmo tempo frágil de tão preciso equilíbrio.

Desceu o tronco a deslizar tipo bombeiro e queimou os pêlos todos das pernas, se ele já estáva com a pele desidratada, queimada e cheia de sal agora não ficou muito melhor, aliás ficou péssimo chegando ao desespero de decidir avançar pelo mar fora à procura desenfreadamente de uma saída. Estranhamente, o nível da água não aumentava enquanto o Coiso caminhava. Confiante, continuou a sua aventura pelo mar fora, mas infelizmente uma tempestade apanhou-o por trás de surpresa e uma onda enorme cobriu o Coiso que embora soubesse nadar, nada pôde fazer contra a tartaruga gigante que foi contra a testa dele. O Coiso boiava agora inconsciente perdido no mar.

3 comentários:

  1. Sabe-me dizer a especie da tartaruga de que fala no seu texto?

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  2. Chelonia mydas

    http://en.wikipedia.org/wiki/Green_turtle

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  3. Merda de blogues, nem dao para por as palavras em italico ou sublinhado.

    Chelonia myda

    ...nem com copy paste TTT.

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