sábado, 15 de janeiro de 2011

A história do Coiso parte 4



O Coiso boiava no mar inconsciente. Aproximou-se de um barco pequeno de pesca. Lá no barco haviam 3 pessoas: um velho "carquético", uma mulher relativamente desatraente, e uma rapariga normal com indícios de ser bem parecida apesar do escorbuto intenso que ela tinha de não comer fruta à dois anos.

O velho lutava arduamente contra a maré violenta usando os seus três braços... sim, três, porque o velho, quando era novo, trabalhou como cobaia em experiências com humanos e o terceiro braço cresceu-lhe quando tentaram modificá-lo geneticamente para ficar imune contra as comichões no escroto. A mulher estava a pescar atum e camarões com a rede de pesca da família com toda a sua força, até porque quando era jovem tinha sido lutadora de sumo e no fim da sua carreira, quando já tinha ganho todos os prémios na categoria "Chin-Chong-Long", decidiu seguir carreira como modelo. Mas infelizmente era uma baleia de cento e cinquenta quilos feia e as agências mandáram-na dar uma curva. Foi por isso que a mulher fez dietas loucas mas acabava sempre por comer batatas fritas com maionese ao pequeno almoço. No entanto o velho "carquético", seu marido, inscreveu-a no "Biggest Loser" e ela ganhou o primeiro prémio tendo perdido cem quilos no programa. Com o dinheiro do prémio comprou estéroides e ganhou o segundo prémio da competição europeia de culturismo feminino. Depois, decidiu dedicar-se à pesca.

A rapariga que lá estava no barco podia ser a filha deles mas ninguém sabe ao certo, ela estava na parte interior do barco a limpar a sanita e a ouvir na rádio o seu ídolo, o Tony Fonseca. O velho "carquético" viu a sua mulher desatraente com dificuldades em puxar a rede e o homem largou o leme e foi ter com a sua amada e juntos, mais o terceiro braço, puxaram com toda a sua força a rede que estava tão pesada que o barco quase que virava. Ao puxar a rede para o convés, a inércia do movimento provocado pela inclinação do barco, fêz com que o barco, de repente, virá-se para o outro lado. Tal foi o azar do Coiso que por lá perto boiava. Levou com o barco na testa com uma força bruta. Pior que isso, o Coiso já tinha um papo na testa de ter levado com a tartaruga, por isso furou o casco do barco com o papo quando o barco foi contra o ele. O barco começou a afundar, tal como a vontade de viver da mulher e do homem que tanto lutaram por uma vida pacífica. A rapariga viu a água a subir-lhe pelos pés acima, e decidiu averiguar o que se passava. Ao chegar lá em cima, viu uma imagem degradante daquelas pessoas de idade a fazerem o coito intensamente para ignorar a futura morte. Antes de começar a pensar como o homem usaria o seu terceiro braço naquela situação, a rapariga decidiu atirar-se ao mar.

O barco afundou-se. Os velhos decidiram lutar pela vida e nadaram mas não conseguiram porque, entretanto, ficaram agarrados na rede de pesca. A rapariga viu o Coiso a boiar, mas como ela estava em estado de choque confundiu-o com uma bóia e agarrou-se a ele e começou a dar com os pés numa direcção sem destino.

Os velhos não morreram, eventualmente a velha rasgou a rede com os dentes e pegou no velho pelo terceiro braço que saía do coccix tipo cauda e nadaram sem destino também. Mas já não viram a rapariga a tempo de a seguir.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Gogdas lol ( por Devaneios De Darwin )

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Gordas = burras + preguiçosas. As gordas são burras, porque não têm noção das inúmeras vantagens de serem magras, não percebem que abre um leque muito maior de possíveis companheiros e aquela camisola que elas tanto queriam mas não fabricam o seu numero poderia ser delas (já para não falar da temática da saúde); e são preguiçosas, porque sabem que estão gordas mas não fazem nada de objectivo para contrariar esse facto. Pelo contrario, são capazes de comer ainda mais, porque pensam: “Posso ser gogda, mas tenho uma carinha redondinha bem laroca e o resto da beleza esta no interior. E já que estou gogda, ao menos delicio-me à vontade com este CBO tão saboroso e cheio de calorias que me vão entupir as artérias e ditar a minha sentença de morte. Só espero que não seja já amanha, porque para a semana sai o novo menu super calórico no Burguer King com hambúrguer XXXL! A minha Fifi (a pansinha de estimação) não morreria descansada sem o provar. E daqui a duas semanas o almoço em casa da tia Alice vai ser leitão. Vou poder compensar todas as minhas tristezas e carências com aquela refeição e depois ir para o sofá jiboiar de satisfação deixando o meu organismo absorver à vontade todas gorduras dos 6,2 pratos que comi. E só não repeti mais uma vez porque tive bregonha de comer o último pedaço, não sei porquê mas estava toda a gente a olhar para mim de lado enquanto comia. Talvez tivesse pedaços de comida colados aos dentes… Sim, devia ser isso.”

Não estou a falar dos casos de obesidade mórbida, até porque isso praticamente não existe em Portugal, só no Reino do Obama (Yes, consegui falar do Obama!). Aqui as gordas são apenas burras e preguiçosas e, em vez de irem correr, limitam-se a olhar para o espelho e a ficar infelizes com o que vêem (e tem muito que ver), queixando-se da sua desgraça sem nada fazer para tentar melhorar a sua situação. Até que chega a uma altura em que deixam de pensar no assunto e a ignorá-lo, porque convencem-se que a gordura vai ser sua companheira ate ao fim da vida. ERRADO!! A gordura a mais não tem de ser vossa companheira se assim não quiserem, mas para isso têm de ter força de vontade! As pessoas que frequentam maioritariamente o ginásio são gajos, rara é a gaja que conhecemos que diga que vai ao ginásio, e se for é porque vai uma vez por semana porque fica bem dizer que anda no gym da moda para aumentar o social. Isto poderia ser um sinal de que não há gordas, mas infelizmente é só mais um sinal de que há gordas burras e preguiçosas. Por isso deixo aqui um conselho para as gordas (esperando que ainda não tenham tido um enfarte antes de terminar a leitura. Essas batatas fritas cheias de sal e óleo de há três dias estavam com um ar delicioso por acaso): Parem de se sentar no sofá tentando ignorar o que toda a gente sabe, mas vocês parece que não. Não é nenhum segredo… Façam algo positivo por vocês e deixarão de ter “pedaços de comida colados aos dentes” quando saem a rua.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A história do Coiso parte 3



O Coiso observava o nascer do dia enquanto giboiava dos 2 kilos de formigas que tinha comido nessa noite. A luz que o banhava fazia-o pensar no que existiria para além do mar que o rodeava, mas o cheiro a suor que emanava dele próprio já trespassava a sua T-shirt preta dos "Ukurralle" e a quantidade de areia que tinha nas calças, com a força da gravidade, foram dando um aspecto muito MC. Hammer ao Coiso. Ele não conseguia mais pensar com tanto desconforto, até que chegou de repente à conclusão que não sabia quem eram os "Ukurralle". Pior que isso, ele não sabia quem era nem o que fazia antes de vir parar à ilha!

Enquanto o tempo passava o Coiso não parava de pensar na vida dele chegando ao cúmulo de ficar com enxaquecas, mas provavelmente era porque estava a ficar desidratado. Foi então, no desespero, que raspou um dos paus do ninho com as unhas até fazer uma espécie de algo que mais era parecido com um objecto cortante. Para além de ter ficado com umas unhas surpreendentemente manicuradas, arranjou também a única esperança de sobreviver. Foi a correr e espetou o pau afiado no pau enorme da ilha mas com a inércia da sua própria velocidade também deu com o dedo grande do pé no tronco e com a extrema dor ia contorcer-se e gritar muito alto mas infelizmente quando se contorceu bateu com a cabeça no tronco e entrou em coma.

Passado 8 horas acorda e observa o buraco que tinha feito. Nada de lá tinha saído. Decidiu então esburacar mais a fundo até que encontrou uma estranha seiva aguada que ele bebeu em êxtase mas tinha um sabor um bocado podre e azedo ao mesmo tempo mas o Coiso não queria saber. Depois de saciar a sede ele tapou o buraco com relva.

De repente o Coiso lembra-se e sobe o pau, lá do cimo deveria ver sinais de vida ou de outra terra para além da relva e da areia que ele próprio báptizou, grão a grão e folha a folha, todas tinham o mesmo nome: Serafim. No topo do tronco o Coiso encontrou um papel velho amarelo e misterioso lá pregado com um texto escrito que parecia importante, até tinha lá o símbolo do olho que tudo vê. O Coiso muito curioso com o papel começa a dobrá-lo até fazer um aviãozinho de papel que depois atirou para o mar onde se desfez de tão frágil que era. Do topo do tronco, para além de mar, não viu mais nada, apenas ouviu o silêncio/barulho da natureza numa poética harmonia forte e ao mesmo tempo frágil de tão preciso equilíbrio.

Desceu o tronco a deslizar tipo bombeiro e queimou os pêlos todos das pernas, se ele já estáva com a pele desidratada, queimada e cheia de sal agora não ficou muito melhor, aliás ficou péssimo chegando ao desespero de decidir avançar pelo mar fora à procura desenfreadamente de uma saída. Estranhamente, o nível da água não aumentava enquanto o Coiso caminhava. Confiante, continuou a sua aventura pelo mar fora, mas infelizmente uma tempestade apanhou-o por trás de surpresa e uma onda enorme cobriu o Coiso que embora soubesse nadar, nada pôde fazer contra a tartaruga gigante que foi contra a testa dele. O Coiso boiava agora inconsciente perdido no mar.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

A história do Coiso parte 2


O sol já se estava a pôr. O Coiso sentado observava enquanto os últimos raios solares lhe queimavam a testa. Ao menos o Coiso iria deixar um cadáver bem bronzeado! As cuecas que ele tinha na cabeça eram suaves e vermelhas, mas não tinham volume suficiente para fazer de almofada...

Foi para o meio da ilha. O relvado que lá estava era estranho, como é que ali podia crescer o que quer que fosse? Aquele pau no meio da ilha também tirava o Coiso do sério... ali de pé com ar de importante, quase que ele o ouvia a gozar. Decidiu ignorar o pau, afinal ele não merecia esse tipo de atenção.

Foi então que o Coiso teve a brilhante ideia de arrancar relva do chão e começou a enrrolar em cada vez maiores bolas com um bocado de cuspo para poder colar umas com as outras fazendo uma espécie de algo confortável para encher as cuecas. Orgulhoso do seu grande feito começou a pensar em dormir. Enquanto pensava começou a ficar cansado e com sono.

Ele estava num wc coberto de azulejos brancos, pela janela uma luz intensa cegou-o momentâneamente. Esfregou os olhos e viu um macaco no meio de uma estrada de pedra estilo aldeia. O macaco estava a vender periquitos mas foi atropelado por um tractor a vapor. A mulher que estava no tractor roubou-lhe os periquitos e seguiu estrada fora. O Coiso, neste momento, estava sozinho no meio da estrada, decidiu andar e andou e andou e andou e andou e andou e depois tropeçou mas não caiu e andou e andou e andou e andou. A paisagem foi mudando e apareceram gradualmente árvores cada vez mais despidas e a luz foi desaparecendo. O Coiso continuou a andar.... e viu uma formiga, então calcou-a. A formiga esmagada pela pressão do pé do Coiso sofreu uma certa dor que a matou. Depois disso, enquanto o Coiso andava, de todas as direcções da floresta apareceram formigas por todo o lado que começar a subir pelo Coiso acima até que este foi comido até aos ossos. No entanto o Coiso não reparou nisso e continuou a andar até se desmontar todo.

Acordou de repente e viu um carreirinho de formigas a sair dos buracos que tinha feito na relva. Foi buscar um dos pauzinhos de aspecto celta do ninho e caçou algumas, depois disso comeu-as.

sábado, 1 de janeiro de 2011

A história do Coiso parte1


O Coiso abriu os olhos, à sua volta sentia paus com uma textura estranhamente celta.
Decidiu levantar-se e observar o que dos olhos dele via, mas estavam cobertos de areia.
Passou as mãos pela cara e esfregou os olhos... Viu uma palmeira sem côcos e sem folhas e com o tronco despido daqueles losangos que as palmeiras têm. No fundo viu um pau no meio da ilha, rodeado de relva que por sua vez estava rodeada de areia que também se encontrava rodeada de uma substância liquida que parecia um oceano, mas que provavelmente era um mar.

A ilha não era muito grande, o Coiso deu a volta à ilha em menos de 2 minutos à procura de algo para comer ou para fugir mas apenas encontrou umas cuecas. Estava um sol abrasador e deviam estar uns 42ºC, no entanto o Coiso sempre viu o lado positivo da vida e notou tambêm um belo céu azul reconfortante sem uma única nuvem carregada de deliciosas gotas de H2O não salgado que poderiam estar nesse momento a escorregar-lhe pelo cabelo acariciando-lhe a pele enquanto lhe percorriam o corpo, hidratando cada célula do seu ser dando-lhe mais vontade de sobreviver e arranjar maneira de recolher a água da chuva para beber mais tarde enquanto construia algum tipo de meio de transporte com o grande pau que estava no meio da ilha. Decidiu então por as cuecas na cabeça para se aliviar um pouco do sol.



Observando o sítio onde acordou repleto de paus o Coiso não pode deixar de olhar para aquilo sem chegar a outra conclusão sem ser que tal era um ninho. Será que tinha sido raptado por algum pássaro? As provas não eram muito evidentes. Por exemplo, o suposto ninho não tinha ovos ou penas. Era apenas uma espécie de algo com forma de tigela de cereais, mas muito bem compostinho tendo em conta que eram um monte de paus. O Coiso pensou que provavelmente o estranho aspecto celta dos paus tivesse a ver com isso, mas tambêm pensou no tão parvo que era pensar em paus quando se está numa ilha pequena perdido. Pensou também que no fundo não estava perdido, a ilha era tão pequena como é que ele tava perdido? Ele já sabia que no meio da ilha estava um pau enorme rodeado de relva e esta de areia com água á volta por isso se ele quisesse visitar alguma parte da ilha provavelmente não se iria perder... A verdade é que ele estava perdido porque não sabia onde é que a ilha se encontrava e porque é que lá estava.